29 de abr. de 2011

Amor = Dependência Emocional?

   Começando pelo fim, quando duas pessoas que se amavam terminam, normalmente vemos muita dor envolvida. Quase sempre, passa. Entretanto, isso não nos indica muita coisa: cínicos podem dizer que não fora amor, outras que fora forte enquanto durou "mas... né?". A questão é: como se pode conceituar o amor? Particularmente, acho incompreensível quem não acredita nele. Se o homem definiu uma palavra foi para algo que conhece e o amor é um sentimento em comum indescritível, mas que não é invenção. Amar é querer bem, respeitar, conectar-se... será que entra na definição depender emocionalmente?
   Por primeiro, há várias "classificações amorosas": amor familiar, amor de amigo, amor romântico, amor de admirador, amor de gratidão. Pode-se amar decorrente da convivência e sem conhecer - como podemos medir a força e a sinceridade de cada um? É interessante observar que a sensação de amar é extremamente pessoal. Aí a dificuldade em afirmarmos se é uma forma de dependência. Às vezes, nem quem sente sabe se pode definir assim. Acredito que as situações "se" nos botam contra a parede. Se perdemos quem amamos? Muitos perdem e acabam se adaptando em viver sem a pessoa. Porém, constrói-se uma cicatriz emocional. Seria esta uma perda do sentimento? Ficamos sem uma parte do amor que conseguimos dar? Há um desgaste definitivo no nosso coração?
   Em uma análise menos hipotética: de quem amamos precisamos no equilíbrio emocional de forma imprescindível? E se estamos apaixonados, podemos nos considerar dependentes? Naturalmente, muitos não querem se colocar nessa posição, mas é uma daquelas coisas que só... acontecem? Hoje não estou aqui para dar respostas, somente compartilhar o ponto de interrogação que tenho pairando sobre minhas opiniões tão concretas.
   Acredito que é hora de admitirmos que ter força não é "nunca baixar a guarda" e que sentimentos nos amadurecem. Então, independente de ser uma forma de dependência, eu espero que as pessoas estejam abertas para o amor: acho que a felicidade admite pedaços de vulnerabilidade.

2 comentários:

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