14 de jun. de 2010

Contos (2)

Gente, desculpa a demora pra postar hoje, mas me distraí demais aqui ;B
Ok, vamos ao que interessa: o segundo conto que eu escrevi foi para o tema "como eu fiquei famosa e depois perdi tudo - menos você, eu espero". Espero eu que vocês gostem! Qualquer sugestão, escrevam nos comentários. Sem mais blábláblás, aqui vai meu texto:

"Sempre aqui

Meu fone foi arrancado nada sutilmente e a primeira coisa que enxerguei foi um jornal. Então, a voz áspera de minha mãe substituiu a música tão suave que escutava:
-Quando você fará algo sobre isso?
“Mandel adia declaração sobre tráfico”, a manchete parecia muito maior dentro de mim.
NeverShoutNever, voltem para meus ouvidos! Respirei fundo e encarei os olhos de minha criadora.
-Não importa o que eu diga, mamãe. Eles continuaram fazendo especulações e rodeando nossa casa.
-Sim, talvez... Mas você poderia pelo menos fingir importar-se em anunciar que isso não é verdade. Por mais que pudesse ser verdade... -acrescentou baixinho, achando que não a escutaria.
Ah, sim, porque é óbvio que os paparazzi estão certos: apesar de parecer uma boa menina, vendo drogas depois da escola... Ninguém podia aceitar que uma família rica vivesse no anonimato sem escândalos? Um flash vindo da janela me respondeu.
-Julio! – minha mãe berrou para termos privacidade. O segurança prontamente expulsou o fotógrafo. Já podia me ver na primeira capa: “O sofá parece o único amigo de Olívia Mandel”. Dessa vez eles acertariam...
Cansada de tudo aquilo, fui para meu banheiro sem nem esperar “a Mestra” terminar de tentar cumprir seu papel. Após um banho longo, me vesti. Se minha mãe queria que eu me mexesse, assim faria: a festa de Belle me esperava, eu mostraria que não era uma adolescente problemática.
O plano parecia fenomenal em minha cabeça, porém, ao chegar no evento pude perceber cochichos e senti uma onda de vergonha pela minha má-fama. Pensei comigo mesma que podia passar por isso, mas ao entrar entendi que ninguém me esperava, nem me queria, ali. Bem, sabia que todos pensavam o pior de mim, mas até Isabelle acreditava nas notícias? Parada no salão, sentia-me estúpida. Quem sabe uns goles de champagne me deixassem mais confortável?
Caminhava até o garçom quando congelei. Luca estava no local. Com a língua enfiada na garganta de outra menina.
-Droga, não dá para ver... Li-Lívia?
Um tapa.
-O único que parecia acreditar em mim, não só também me acha uma traficante, mas está me traindo?
Gaguejo, outro tapa. A menina já tinha sumido dali.
-Ai! Liv, não...
Aquilo era mais do que eu podia suportar. Avistando uma porta de fundos, não hesitei, o jardim me aguardava. Raiva, tristeza, mais raiva. Ah, a brisa calma da noite fria me acalmava. A árvore parecia um bom esconderijo. As lágrimas escorriam silenciosamente, mas meu coração estava tão frenético que parecia soluçar. Senti alguém sentar ao meu lado, não me mexi. E a voz conhecida, mas inesperada surgiu:
-Eu sei que você não é o que dizem. Nunca deixei de ser seu melhor amigo, sabia?
Sorri tristemente.
-Achei que você não poderia lidar com isso, Gabriel. Obrigada por ainda me ver.
Pela primeira vez, percebi que seu toque me provocava arrepios.
-Tudo isso vai passar, estou aqui para te ajudar a superar essa, Liv.
Eu não havia perdido tudo, só não tinha visto o mais importante. Seus lábios eram macios."

4 comentários:

  1. gostei, mas achei que ficou um pouco fora do tema ... apesar do final

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  2. Outro conto super mega liiiindo! Como vc consegue escrever tão bem guria? *-*, É simplesmente perfeito! Parabéns (:

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  3. ointi, de novo, muito muito obrigada *-* fico muito feliz que você goste tanto dos meus textos! curto meu estilo de escrita também, mas ainda tenho muito caminho até escrever maravilhosamente bem, haha. ah, valeu por acompanhar meus textos :D
    mil beijos!

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